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terça-feira, 22 de outubro de 2019

A Noiva de Frankenstein


Muita gente pensa que A Criatura do clássico Frankeinstein acabou em 1931, mas este é um pequeno engano. A verdade é que a obra voltou com mais força e sensibilidade em 1935.

O longa metragem de James Whale lançado em 1935 e baseado no livro "O Prometeu" de Mary Shelley tem inicio na sala de um palacete onde havia uma conversa entre a autora, seu marido e poeta Percey Shelley e seu amigo Lord Byron. Eles estão discutindo a respeito de Frankeinstein, livro que está sendo escrito por Mary. Sendo criticada negativamente pelo final que escreveu, Mary decide continuar a história...

O moinho está em chamas e o pai da garota afogada no primeiro filme insiste em ver o incêndio para confirmar a morte da criatura que supostamente estava sendo carbonizada, mas  após cair num lago abaixo do local ele descobre de forma amarga que a morte da criatura não aconteceu.


Vagando num mundo que o odeia, O Monstro começa a procurar seu lugar entre a morte e a sobre-vida. Em meio a uma caminhada pela floresta a criatura salva uma pastora do afogamento, mas aldeões os avistam, confundem a cena e prendem o monstro. O mesmo consegue fugir novamente, aterrorizando a região até encontrar um eremita cego, que sem poder o julgar ou o rejeitar pela aparência, se torna seu único amigo e o ensina a falar para poder se expressar de forma compreensível. Nessas cenas, todo sentimentalismo retratado trás lágrimas para os olhos do espectador, especialmente quando A Criatura tentar dizer, com muita dificuldade, uma nova palavra.


Enquanto isso,  Dr. Septimus Pretorius tenta convencer o arrependido Dr. Henry Frankenstein a retomar seus experimentos, mesmo que isso vá contra sua vontade, o que causa o rapto de Elizabeth Frankenstein, sua esposa. Forçado pela situação, Henry concorda em ajudar Pretorius. Depois que um ajudante de Septmus assassina uma moça para roubar seu coração, o novo experimento ocorre numa tempestade elétrica dentro de uma torre-laboratório. Também feita de pedaços de cadáveres, assim como a criatura antiga, nasce A Prometida. O Monstro entra em cena, sente uma rajada de emoções por não conseguir afeição da Prometida. Desesperado por tudo que já havia acontecido até ali, pede para que Henry e Elizabeth fujam da torre e então puxa uma alavanca que explode todo o laboratório e os que estão dentro dele.


Num misto de equipamentos futuristas e arquitetura bárbara, as cenas finais tornaram A Noiva de Frankenstein um filme célebre. A escolha da atriz (Elsa Lanchester) para interpretar Mary e A Prometida foi essencial para mesclar as figuras de autora e personagem.

Mesmo com pouco tempo em cena, a  Prometida, foi uma personagem que ganhou o coração de muitas pessoas ao redor do mundo, tanto pela sua atuação quanto pela sua beleza. O figurino da personagem possivelmente foi inspirado na antiguidade egípcia. Estando ela vestida com faixas mortuárias ou com um lindo vestido e cabelos voltados organizadamente para cima e feitos, podemos dizer que ela foi inspirada exatamente nas  imagens da Rainha Nefertiti, exceto, é claro pelas eletrizadas mechas brancas.



Elsa Lanchester fez sucesso em outros filmes como: O Fantasma Camarada (1995), O Mistério de uma Mulher (1941), Ela quase matou Hitler (1944), Os Miseráveis (1952), O Fantasma do Barba Negra (1968) etc. Mas A Noiva de Frankenstein foi quem tornou Elsa uma das grandes Divas do Horror.

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